quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Os refeitorios monasticos dos monges e monjas






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5Pintura de Dom Nicola Capone
Monge Benedetino Olivetano da Abadia de Rodengo Saiano (Italia)

Refeitorios dos mosteiros cartuxos masculinos e femininos da Italia, Espanha e Brasil (Cartuxa de Nossa Senhora Medianeira) em Ivora (RS), que e a unica cartuxa da America latina.

Faianças da Abadia Olivetana de Le Bec Hellouin





A partir do regresso dos monges benedetinos olivetanos a Le Bec, em 1948 a comunidade monastica desenvolveu uma rica e aprimorada producao artesanal de faianças. Os ateliers de ceramica da Abadia le Bec Hellouin foram criados em 1957, pelo grande abade frances Paul Gramonnt ( pioneiro do ecumenismo monastico entre catolicos e anglicanos ) criando em seus monges artesaos um espirito do bom gosto artistico e de qualidade em todas as etapas de confeccao das faianças desde os moldes ate a decoracao final. Os pratos, jarros, sopeiras e saladeiras produzidas pelos monges são compras obrigatorias dos milhares de turistas franceses, europeus, japoneses e americanos que diariamente visitam a regiao francesa da Normandia
Abbaye Notre-Dame du Bec
— 27800 le Bec-Hellouin-France
Tél. 02.32.43.72.65
Fax 02.32.44.96.69

Abbey Gethsemani - Kentucky




A Abadia Trapista de Gethsemani foi fundada no final do seculo XIX pelos monges trapistas franceses no estado americano do Kentucky e e conhecida mundialmente por ter sido o cenobio em que ali viveu monge Thomas Merton que foi um grande mistico, escritor e profeta do dialogo religioso entre cristaos e budistas. E a comunidade e tambem conhecida pelas suas modernas atividades agricolas, pecuaria, pelos seus queijos, doces, paes e por seu Whisky Bourbon.

O CONTO DO AMOR




O romance "O Conto do Amor" de Contardo Calligaris inicia com a visita de Carlo Antonini, psicoterapeuta que vive em Nova York, ao convento de Monte Oliveto Maggiore, na Toscana. Ali ele se depara com algo inusitado: a figura do jovem são Bento, pintada em um dos afrescos nas paredes, é parecida com seu pai, que morreu doze anos antes. Isso o remete ao próprio motivo de sua ida à Itália: uma estranha conversa que ambos tiveram pouco antes de o pai morrer, quando este revelou ao filho, em tom de confissão, que em outra vida teria sido ajudante do pintor maneirista Sodoma (1477-1549), justamente o autor daquelas imagens. É o início de uma história cheia de surpresas, envolvendo um caso amoroso em meio à Segunda Guerra e seus desdobramentos da época até o presente.

Contardo Calligaris nasceu em Milão, Itália, em 1942, é psicanalista e doutor em psicanálise clínica. Já foi professor na universidade de Berkeley e New School, nos Estados Unidos, e atualmente vive entre São Paulo e Nova York.

Chocolate dos Padres



Desde o lançamento, o Chocolate em Pó Gardano era conhecido tradicionalmente entre os consumidores como o “chocolate do padre”. A Gardano, fundada em 1921, na cidade de São Paulo, fabricava também o Mentex. Em 1957, a suíça Nestlé comprou a Gardano, mudando o nome da empresa paulistana para Companhia Brasileira de Chocolates - Chocobras. O nome Gardano permaneceu no mercado até 1959, quando foi substituído pela marca Nestlé.
Apesar da mudança de nomes, a Nestlé manteve a imagem dos dois frades para ilustrar a embalagem do chocolate em pó. Mais tarde, em 1975, a empresa suíça registrou a marca Dois Frades para o tradicional Chocolate em Pó Nestlé. Em 1991, foi registrada a marca Chocolate dos Padres pela companhia. A imagem dos dois frades reproduz uma das telas do pintor italiano Alessandro Sani, nascido em Florença, na segunda metade do século 19. O quadro, um óleo sobre tela, conhecido como “O prato favorito”, era justamente uma das pinturas prediletas do antigo dono da Chocolates Gardano e serviu de inspiração para a embalagem do chocolate em pó produzido pela empresa.
A tela aí de cima, "The tasting", é outro óleo do mesmo pintor e foi vendida recentemente, em um leilão realizado pela Christie’s de Nova York, por US$ 6.000.


Postado por Anima e Cuore em:

PAO & DOCE NO MOSTEIRO SAO BENTO DE SAO PAULO






Bethlehem é um bolo de Natal elaborado com especiarias orientais: pistache, nozes, tâmaras, damasco.



Bolo Dom Bernardo é uma antiga receita francesa que os monges fazem nas grandes festas litúrgicas. Feito à base de café, chocolate, conhaque, nozes, pêssego e gengibre.


Bolo Santa Escolástica é feito de nozes e maçã, cuja receita foi trazida da suiça pelos inúmeros monges europeus que vieram para a restauração dos mosteiros brasileiros.


Bolo dos Monges elaborado à base de vinho canônico, damasco, ameixa e açúcar mascavo. Este bolo data do final do séc. XIX, e foi elaborado por monges brasileiros.


Pão São Bento que tem na mandioquinha o seu ingrediente principal é uma criação dos monges beneditinos paulistanos.


Dominus é o pão integral que tem entre os seus ingredientes o açúcar mascavo, a aveia e o azeite.


Benedictus é um pão de mel recheado com geléia de morango.



ver site do Mosteiro de Sao Bento (Sao Paulo)
www.mosteiro.org.br

Mosteiro de Sao Bento - Sao Paulo



Sao Bento ao escrever a Regra para os seus monges no século VI, os adverte que o mosteiro deva ser construído de tal forma que possua padaria, horta, queijaria, pomar, oficina para atender as necessidades da comunidade. Para o patriarca beneditino a vida do monge é o ora et labora, oração e trabalho, pois a ociosidade é inimiga da alma; por isso em certas horas devem ocupar-se os monges com o trabalho manual, e em outras horas com a leitura espiritual.A abadia beneditina de São Paulo não foge à regra. Em 1999 passou a oferecer ao público bolos, pães, geléias, biscoitos, cujas receitas são seculares, e estavam guardadas no arquivo da abadia.

A forma de prepará-los só é transmitido a um outro monge para que se continue cumprindo o que escreveu S. Bento: "são verdadeiros monges, se vivem do trabalho de suas mãos".

Restaurante LA TORRE da Abadia de Monte Oliveto Maggiore






....(...)" Subi ate o restaurante para tomar o cafe-da-manha. Dona Anita estava no balcao do bar; conversava com dois clientes habituais.......pedi outro cappuccino e, de xicara na mao, dei uma volta pela sala. Nas paredes, havia uma sequencia de fotografias do mosteiro nos anos 1930 e 1940.

Parei diante da foto de um homem com bastao de pererino na mao e roupa vagamente antiquada, de pe numa estradinha de terra, com o convento a distancia.

"Essa e de quando?, perguntei.

"Sao todas fotos antigas", respondeu dona Anita, "sao minhas, eu as coleciono, Naquela epoca nao havia estrada e os peregrinos vinham a pe. E eram poucos"....(...)


O Conto do Amor

Contardo Calligaris

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

MONTE OLIVETO MAGGIORE


Hoje pela manha estava tomando o meu café e lendo os jornais quando ao folhear um dos jornais me deparei com uma fotografia de um local que não me era desconhecido, ao contrario muito conhecido, um dos afrescos de Sodoma que circundam os quatro cantos do grande claustro da Abadia de Monte Oliveto Maggiore, no interior da província italiana de Siena. Lendo o artigo, rapidamente terminei o café e corri para pegar um táxi e ir à Livraria Cultura a fim de participar da palestra e comprar um exemplar autografado de “O Conto do Amor", pelo próprio Contardo Callegaris.Ao chegar à mesa de autógrafos falei a Callegaris, eu não somente conheço Monte Oliveto Maggiore, mas por alguns anos convivi naquele cenóbio beneditino olivetano restaurando livros e documentos.A abadia foi fundada pelo jovem e nobre advogado senese " O Beato" Bernardo Tolomei, no inicio dos anos de 1300. Em uma região rural (ainda hoje) de muitas colinas adornadas de ciprestes, ou seja, uma fotografia de calendário tradicional da região da Toscana. E também com muitas oliveiras, pastos de ovelhas, e cultivo de girassol. Não muito distante outros lugares bucólicos como Pieve, Buonconvento, Asciano, Monteriggione, Chiusure, e Montalcino,.conhecida mundialmente pelo consorcio do vinho Brunello di Montalcini, locais a sombra do Monte Amiata.No próximo irei descrever a minha chegada em Monte Oliveto Maggiore e o tempo em que vivi com os monges e em meio aqueles claustros, livros, coro monástico para as horas canônicas, o refeitório e as minhas costumeiras saídas pela manha e ao entardecer ate o Restaurante da Torre, a entrada da abadia, em que alem de tomar um cafezinho expresso e ler os jornais a disposição dos clientes, também conversava com Giancarlo e Paola, os arrendatários do restaurante de ótima culinária toscana.

O Trabalho dos Monges






No cotidiano dos monges, é de muita importância o momento do trabalho, seja pela manha ou pela tarde. Para o monge, o trabalho manual ou intelectual é uma maneira de ser participe da atividade criadora de Deus e dessa noção nasceram às obras e muitas invenções que partindo dos mosteiros difundiram-se em toda a Europa.
O ócio que é inimigo da alma, e assim os irmãos em determinadas horas devem ocupar-se com trabalhos manuais que é na Regra de Vida de São Bento, concluindo os monges são verdadeiramente monges quando vivem do trabalho das próprias mãos, assim como fizeram os nossos pais e os Apóstolos. O trabalho nos mosteiros possui uma finalidade ascética e não econômico, porque é participação a missão que Deus há dado ao homem de ser artífice do mundo em sua evolução histórica.
A noção que cada instante do dia, cada atividade, desde a oração e as mais humildes obras é um gesto de oferta e encontro com Deus, assim como as modalidades diversas que construíram os ambientes de trabalho: no Scriptoriu, local em que os monges escreviam os códigos, na oficina dos trabalhos manuais ou na granja, a arquitetura era projetada com a mesma beleza e dignidade como as da igreja, em que nesta continuidade estilística ajudava a chamar ao sentido único da vida de ser um cenobita. O monge não possui a vocação de agricultor, de fazer drenagem em terrenos pantanosos, de criar abelhas, produzir vinhos ou queijos, de copiar códigos, o de ensinar. Somente o objetivo espiritual deve ser presente e fundamental na vida do monge. Porem a presença e a ação da vida monástica foram a origem de um movimento econômico e cultural que contribuiu para a evolução da civilização européia. Movidos por imensa fé que os animava e devendo providenciar autonomamente a sua própria subsistência, os monges iniciaram a irrigar e a drenar terrenos, transformando-se em agricultores e pastores e conseguiram assim em transformar terras desérticas, pântanos infinitos e florestas selvagens em locais vivíveis para homens e mulheres







A edificacao das Abadias e Mosteiros





Para edificar os seus mosteiros, os monges escolhiam sempre um lugar solitário e desconhecido, mas que oferecessem a eles a possibilidade de encontrar o necessário para viver, sobretudo as suas escolhas eram definidas principalmente devido à presença abundante de água.
Antes de iniciar a edificação do novo mosteiro, o local era escolhido com atenção especial, que em geral deveria desconhecido e de difícil acesso. Assim, imitando Jesus que se retirava do meio da população quando deseja ter grandes momentos de profunda e solitária oração. São Bento recomendava que as suas abadias fossem construídas em locais de montanhas solitárias, como a Monte Cassino, os Cistercienses, ao contrario fundavam os seus mosteiros em verdes planices, e que não eram estratégicas do ponto de vista defensivo e geralmente eram áreas de térreas pantanosas e assim os monges podiam as adquirir facilmente, porem a local escolhido deveria proporcionar as matérias primas necessárias para o sustento dos monges e, assim tinha que ser construído em posição naturisticamente favorável. Muitos mosteiros ainda hoje são localizados em locais de rara beleza e de fazer ciúmes a muitos construtores e arquitetos, junto a zonas de bosques ou a rios que descem de colinas panorâmicas. A presença de bosques ao entorno dos edifícios abaciais era importante porque oferecia a possibilidade fácil de colher frutos, raízes e ervas, mas sobretudo a disponibilidade de lenha para o fogo e madeira para as construções. Alguns áreas próximas eram desmatados pelos próprios monges , em que as arvores após serem derrubadas e transformadas em madeira para as construções e lenha, transformavam-se em férteis terrenos agrícolas. Porem o elemento chave e que influenciava a escolha do local para a fundação de um novo mosteiro era sempre a presença da água: fonte de vida, de energia e símbolo de Cristo, a água viva que mata a toda sede. A água deveria ser sempre governada e direcionada através de obras de engenharia hidráulica, com saneamento, aterros, canalizações, represas, diques, de lagos artificiais e reservatórios para que pudesse ser utilizada para a cozinha, os serviços, atividades econômicas, e nessa atividade de proteção a água, entre os filhos da grande família monástica de São Bento distinguiam-se os monges cistercienses com as suas grandes obras de engenharia hidráulica, algumas ainda existentes e operando nos dias de hoje, como o edifício do moinho da abadia lombarda de Claraval Milanês ou a de Subiaco nas proximidades de Roma.








Santas Cervejas dos Monges Trapistas





ORA, LABORA ET EDE






Ora, labora et ede; reza, trabalha e come. É uma extensão da regra de São Bento e que é fundamental na vida de muitos mosteiros, se é verdade, como dizia Santa Teresa D’ Ávila, que “quando o corpo esta bem a alma canta”. Simples, genuína e tradicionalíssima, a cozinha do claustro representa uma soma de cozinha domestica de um lar, multiplicada por um numero de monges, e enriquecida de pequenos grandes detalhes deste a horta.
Conventos e mosteiros possuem belíssimos e verdadeiros jardins de verduras, muitas vezes vividos como um dos lugares de meditação e recolhimento. A cada gesto - desde a semeadura ate a colheita – nos preceitos dos padres fundadores possui um significado de homenagem e agradecimento, que poderia traduzir-se em praticas agrícolas virtuosas. Nada de química, nada de plantio extensivo e sim um profundo respeito aos ritmos da natureza.
Das hortas, os monges cozinheiros recolhiam os ingredientes de sopas, frituras, molhos, acompanhamentos; as frutas para serem usadas em tortas e salada de frutas. Para permanecer nos limites do preceito sem mortificar-se adotaram-se pequenos e diferentes truques, como no caso das frituras. E assim nasceu a Tempura. Aparentemente importada da gastronomia japonesa, e sim inventada nos mosteiros medievais durante O Tempora , ou seja o tempo de penitencia (Quaresma).
O que sobrava da produção era transformado em geléias, compotas, gelatinas,conservas de vinagre, que abasteciam as prateleiras das dispensas, das bodegas internas e dos negociantes que adquiriam com exclusividade. Mas ao interior destes pequenos espaços de gastronomia abençoada existe muito mais que se possa imaginar. Assim bem documenta dois documetarios – Historias de Clausura e Historia dos doces, roteirizados e dirigidos por Piero Canizzaro e que foi transmitido por RAÍ TR: Historias de pobreza e redenção, de sublimação e recolhimento. As monjas benedetinas de Monte São Martinho, por exemplo revelam que as refeições são momentos de comunhão, uma liturgia “de homenagem e louvor ao Senhor”.
Alimento e oração são vividos como instrumentos que consentem de estar bem e de transmitir uma mensagem positiva aos outros. Mas também existem historias de rebelião, como o de Maria Grammatico, entregue que foi ainda menina aos cuidados de monjas do convento de clausura de São Carlos de Erice, Sicília, e que era governado por monjas que guardavam egoisticamente antigas receitas de confeitaria de alto nível.
Maria – que atualmente tem quase 70 anos de idade, naqueles anos vividos no convento conseguiu apropriar-se de um grande saber fazer na elaboração de muitos doces. Quando deixou o convento abriu uma pequena confeitaria e iniciou a produzir cannolis e pequenas cassatas sicilianas (cassatine).Uma escolha feliz, e é verdade que hoje a antiga confeiteira do convento manda seus doces para varias partes do mundo. Doces e não somente doces. Do extraordinário queijo Munster (mosteiro) da Alzacia ao precioso mel de girassol, claustros e conventos nos oferecem verdadeiras iguarias sem limites entre o doce e salgado.
Entre todos, reina sem contradição os alcoólicos. Permanece no tempo o mito dos monges trapistas como verdadeiros mestres cervejeiros seguidores do abade cisterciense de La Trappe na Franca(1600). Quatrocentos anos após, sete mosteiros (seis na Bélgica e um na Holanda), continuam a nos oferecer cervejas loiras, vermelhas e escuras de grande qualidade. Outra delicia, o mítico Chartreuse, licor rafinadissimo preparado na Grande Chartreuse, nos Alpes próximo a Grenoble. Mérito primeiro dos monges benedetinos, ao seguir as armadas cristas na Terra Santa, que roubaram de manuscritos árabes os segredos da destilação.
E ainda não e bastante a você? Então compre o Guia dos Mosteiros da Itália (de Tarallo e Grasselli), e ofereça a você próprio um final de semana espiritual – gastronômico. Alem de mosteiros que oferecem uma hospitalidade espartana e refeições simples, a Itália e abundante de mosteiros transformados em verdadeiros templos gourmand e negócios de luxo, desde a Frateria de padre Eligio no alto. Mas não se iluda: após o Elixir Del Frate, que e o fecha a boca dos gulosos, a oração de agradecimento e uma obrigação.

Dai Ricettari dei monasteri alla dolceria laica e popolare



Dai ricettari dei monasteri alla dolceria laica e popolare
I modi della panificazione interessano gli usi, i costumi e le credenze popolari, proprio per il significato che il pane ha sempre assunto dal punto di vista religioso, cerimoniale e magico-rituale, per non dire poi che le denominazioni dei pani e dei dolci casarecci, per la loro varia e ricca terminologia, rivestono un'importanza di rilievo anche sul piano linguistico.Del resto il profilo più strettamente folklorico, per quanto riguarda la Sicilia, era stato già opportunamente messo in rilievo dal Pitré. Senza trascurare del tutto l'aspetto linguistico rappresentato dalla terminologia relativa al nostro argomento, è sotto il profilo storico-antropologico che intendiamo qui presentare con altri approfondimenti analitici e documentari il materiale nuovo da noi direttamente raccolto, come contributo alla migliore conoscenza dell'argomento nella vasta e complessa area siciliana.Mentre il pane, com'è noto, ha origini antichissime, i dolci a base di cialde derivano dagli azzimi, passati al Cristianesimo dalla liturgia ebraica, e costituiscono nel medioevo buona parte della pasticceria popolare. In linea di massima si può affermare, sulla scia delle ricerche d'archivio, che mentre l'industrializzazione del pane è di tradizione antica, quella dei dolci, invece, non è antecedente al 500. I dolci più semplici furono opera di pistori, mentre i più complicati e raffinati venivano manipolati dagli speziali. Per non dire poi dei dolcieri girovaghi, i brigidinai, i cialdonai, ecc., che, in occasione di varie ricorrenze, confezionavano nelle piazze le loro specialità.Ma è assai noto che una parte di primaria importanza nell'arte dolciaria e culinaria veniva soprattutto svolta dai monasteri, che fin dal medioevo detenevano gli strumenti e il privilegio della panificazione, per non dire della funzione esercitata in particolari momenti anche dalle corti. In Sicilia, a esempio in una lettera del 27 febbraio 1401, Rè Martino, ordinava al tesoriere di Palermo «dudici rotula di citrata, 'oy cucuzzata et quindici di pignolata et venticinqui di mendoli confetti».A Palazzolo Acreide, nel 1622, per rendere possibile alle monache di casa lo benesto vivere, era riserva la vendita di caseate e sfoglie con mantéca cioè marzapane. Secondo i riveli del 1748 le monache dell'Abbazia di S. Benedetto, a Francofonte, oltre al vitto ordinario, avevano una notevole riserva di miele, zucchero, chiodi garofano, cannella, per la confezione delle varie specialità dolciarie.D'altronde, per il passato nomi come bozolati de monege e gesuite, riportati dal Migliorini, e per il presente i cosiddetti «biscotti della monaca» e i «dolci della badia», diffusi in numerosi centri della Sicilia, ci dimostrano tale stato di fatto.Uno dei punti fermi da cui fin da ora possiamo partire, è proprio la funzione che ebbero i monasteri, particolarmente femminili, nello sviluppo della dolceria, al punto che il Pitré considerava addirittura monopolio di essi i più importanti ricettari.In un inedito del Salomone-Marino, è espressa in modo esemplare la funzione esercitata dai conventi nell'arte dolciaria: «Le monache hanno acquistata celebrità per la confezione de' dolci e de' manicaretti squisiti, non solamente in Palermo, città per eccellenza golosa e consumatrice di dolciumi, ma in tutta la Sicilia ».Un'interessante testimonianza sull'argomento ci viene, inoltre, dal Meli, il quale dedicò appunto una lunga poesia a Li cosi duci di li batii, cioè, ai dolci che venivano confezionati dai ventuno monasteri di Palermo, da quello di S. Chiara al Salvatore, alla Martorana, ecc., celebrando di ciascuno di essi le specialità più rinomate, privilegio soprattutto del clero e dell'aristocrazia palermitana. E in proposito veniva annotando il Pitré, tra l'ironico e il compiaciuto, che come ogni monastero aveva «l'emblema in legno o in marmo sulla porta», quali, a esempio, «le braccia incrociate per le francescane, il Charitas per le paoline», vantava altresì una «piatta di pasta di mandorle, un manicaretto, ch'era il suo distintivo». Sicché sono rinomati i frutti di pasta di mandorle del convento della Martorana, i cannoli, le cosiddette «teste di turco» e le «cassatelle» della Badia Nuova. Famosi, inoltre, i nucàtili di natale del monastero di S. Elisabetta, e i muscardini della Concezione, per il festino di S. Rosalia. Occorre ancora ricordare che tra le doti che si richiedevano in una monaca, prevalgono quella di cucinera, cioè esperta in arte culinaria, e quella di speziala, che il Pitré traduce con «dolciera». Tra i privilegiati che in ogni festività e ricorrenza ricevevano le specialità dolciarie da parte del convento, era il confessore: a lui era destinata una nguantiera, cioè un grande vassoio coi dolci particolari del convento, insieme a sei fazzoletti di seta rossa e gialla, e sei posate o cucchiaini da caffè in argento.Anche per la Contea di Modica le cose non andavano diversamente, e in proposito abbiamo, tra l'altro, l'interessante testimonianza di Serafino Amabile Guastella, il quale ricorda che nel periodo di carnevale le monache confezionavano dolci particolari che poi venivano distribuiti alle famiglie meno abbienti. Lo stesso studioso di Chiaramonte ci riporta, infatti, il proverbio: la sdirrumìmca (la domenica di carnevale) fatti arnica la manica, e commenta: «davvero la domenica grassa era il martirio delle povere monache», perché la distribuzione dei dolci a centinaia di famiglie, oltre a creare rivalità e assottigliare le casse del convento, suscitava inevitabilmente invidie e gelosie tra i beneficiati.A Noto, a esempio, fino al secolo XIX, dei diciassette conventi e dei sei monasteri che contava la cittadina, il più rinomato era quello del SS. Salvatore, che accoglieva numerose religiose che osservavano la regola di S. Benedetto. In un elenco delle ultime monache di questo convento, risultano trentuno religiose in gran parte di estrazione aristocratica, e tre zitelle, chiamate comunemente zitidduzzi di la badia, cioè delle converse che, pur non legate da voti o regole, osservavano la clausura, ed erano soprattutto famose per l'abilità con cui usavano confezionare la più raffinata dolceria.Dopo il 1860, con l'incorporazione dei beni ecclesiastici da parte dello Stato, alcune suore continuarono a far vita monacale fuori dai conventi, in abitazioni private. Aumentò in tal modo il numero delle cosiddette «monache di casa », le quali contribuirono certo in modo notevole a diffondere via via i ricettari a un più vasto pubblico. Non si dimentichi, del resto, che proprio in questo periodo si stabilirono rapporti più intensi tra le varie classi sociali, e con la partecipazione sempre più attiva dei ceti popolari alla vita politica, e anche i dolci, sia come consumo che come produzione casalinga e artigianale, in conseguenza delle migliorate condizioni economiche, raggiunsero una maggiore diffusione fino a diventare patrimonio comune.In realtà, nella seconda metà dell'800, la dolceria siciliana assume proporzioni insospettate soprattutto per una serie di circostanze favorevoli, fra cui una propizia congiuntura economica, che ne accelerano il processo promozionale.In questo periodo, tra i dolcieri più noti di Palermo ricordiamo Salvatore Gulì, che è presente, fra l'altro, con rinomate specialità alla mostra di Parigi del 1867; espone nelle sue vetrine il carro trionfale di zucchero di S. Rosalia, in occasione della sua festività, tra lo stupore dei passanti e dello stesso Pitré, il quale ne esprime tutta l'ammirazione. Il Gulì fornisce le migliori famiglie dell'aristocrazia palermitana, che rinunziano via via ai loro monzù, i quali vengono ora assunti dalle pasticcerie più rinomate. In una ricevuta di pagamento, in data 11 ottobre 1876, indirizzata dal Gulì al principe Gangi, vengono elencate, fra l'altro, le «spolettine di pane di Spagna», un notevole quantitativo di «Dolci riposto». Mentre in un altro foglio, in data 14 gennaio 1885, sono elencate le «Olivette di pistacchio di caramella », simili a quelle che si sogliono preparare a Catania per la festa di S. Agata.Un rinomato «confettiere» della fine dell'800, è il catanese Rosario Amato, che era solito aggiornarsi sia sulla produzione dolciaria che sulle novità nel campo delle più efficienti attrezzature del settore. II suo vasto assortimento, coi relativi prezzi, risulta da un elenco che questo dolciere usava inviare ai suoi clienti. In uno di questi fogli, diretto a un barone di Palazzolo Acreide, leggiamo, fra l'altro, i «Dolci di riposto assortiti», i «frutti canditi», «Rame di Napoli», «Frutti alla martorana assortiti», «Mustaccioli alla Napolitana», «Sussamiele alla sapienza», «Pasta reale cotta», «cassate», «Pasta di mandorle imitazioni frutti».Una famiglia di dolcieri siracusani è quella dei Calcina, già attivi nella città aretusea dalla metà dell'800, a opera del capostipite Pietro. Dall'ultimo epigono, Angelo Calcina, che attualmente opera a Siracusa, ho avuto modo di osservare delle carte manoscritte, in cui sono tracciate le «dosi» (nel particolare linguaggio tecnico), che costituiscono una semplice traccia del complesso lavoro di manipolazione, perché ogni «dose» in realtà segna solitamente il quantitativo degli ingredienti che occorrono per la confezione, e raramente si danno delle indicazioni sui vari modi e momenti della manipolazione.Queste «dosi» risalgono alla fine dell'800, come prova, fra l'altro, un foglio intestato della Ditta, coi caratteri tipografici scanditi nel gusto della belle époque: «Fratelli Calcina - Dolceria - Pasticceria - Sorbetteria - Cioccolata, Cioccolattine Calcina. Frutti canditi, Vini e Liquori». E all'estremità del foglio, sulla destra: «189...». Troviamo tra i vari dolci elencati le «Testi di turco», i «Quaresimali», i «cannola». Seguono poi degli appunti sul modo di dipingere la cosiddetta frutta marturana, che presumibilmente dovevano servire anche agli apprendisti.Un avvenimento certo tra i più innovatori, in questa particolare temperie, è costituito dalla emigrazione degli svizzeri in Italia e in Sicilia in particolare, verso la fine dell'800, per una crisi economica che afflisse la repubblica elvetica. Il Klainguti si trasferisce a Genova e Cristiano Caflich va a Napoli e nel 1896 apre a Palermo la prima pasticceria svizzera. A Catania, il 16 dicembre 1914, Alessandro Caviezel e Ulirico Greuter aprono una pasticceria simile a quella palermitana di Caflich. Spesso questi emigrati svizzeri sono piuttosto degli imprenditori che si servono di manodopera anche tedesca, austriaca, innovando e, al contempo, tenendo attiva la produzione dolciaria tradizionale, dalla cassata alla pasta reale, ai cannoli, ecc..Fra l'altro, nel 1895, il noto antiquario Vincenzo Daneu e il professore H. Ross, nativo di Danzica, che era stato vice direttore dell'Istituto botanico della capitale siciliana, crearono a Palermo una latteria per la sterilizzazione del latte e per la produzione del burro, allora pressoché sconosciuto, ma che veniva continuamente richiesto per il crescente flusso turistico, e che ora arricchisce di un importante elemento la dolceria locale.Si moltiplicano le pubblicazioni di gastronomia, coi vari ricettari, e anche l'editoria siciliana s'inserisce in questo particolare fervore: uno di questi volumi, a esempio, appartenente alla biblioteca di un barone del Siracusano, pubblicato a Palermo nel 1857 dall'editore Decio Sandron, è intitolato Manuale del cuciniere Italiano particolarmente della Cucina Siciliana. Nel quinto capitolo in cui si tratta «Della manifattura dei Dolci », troviamo quelli che l'autore chiama « di credenza », e che sono i «Raffioletti», i «Mostaccioletti» e la «Pignolata».Tra i conventi ancora attivi nella produzione dolciaria ricordiamo quello di Santo Spirito, detto la Badia grande, ad Agrigento, e quello della benedettine del SS. Rosario, a Palma di Montechiaro, producono ancora una raffinata dolceria, che di solito si incrementa in occasione delle maggiori festività e ricorrenze, come il natale, la pasqua, la commemorazione dei defunti, il santo patrono del luogo. Mentre le monache del Santo Spirito confezionano delle raffinate conchiglie di pasta reale, con formelle di legno, e uno squisitissimo cùscusu dolce, le benedettine di Palma preparano dei biscotti ricci di pasta di mandorla, che, dopo il successo del romanzo di Tomasi di Lampedusa, vengono chiamati dalle stesse suore i «biscotti del Gattopardo». Concludiamo col convento di S. Carlo, a Erice, dove troviamo gli interessanti mostaccioli con farina di Maiorca (grano tenero), mandorla abbrustolita e macinata, cannella e chiodi di garofano; ed il Monastero delle Benedettine di S. Michele a Mazara del Vallo con i rinomati bocconcini di cedro.tratto da
Pani e dolci di Sicilia
Antonino UccelloSellerio Editore Palermo

Esta bela narrativa historica de Renata Rizzo Pavone e de Anna Maria Iozzia referente a comunidade monastica dos monges benedetinos de Catania (Sicilia) entre os anos de 1700 e 1800 pesquisada em rica documentacao das ordens religiosas suspensas no periodo napolenico e conservadas no Arquivo de Estato, reconstroi os costumes alimentar dos conventos e mosteiros da cidade etnea. Aos textos juntam-se duas novas contribuicoes de Giuseppe Giarrizzo e Antonino Leonardi, em que o primeiro reaviva a historia do mosteiro benedetino de Sao Nicola l’Arena e a sua relacao nem sempre pacifica com com a comunidade catanese e o segundo percorre a as muitas fases realizadas na cozinha dos monges . O volume encerra-se com serie de apendices que vao dos versos poeticos do Vice-Rei De Roberto sobre a cozinha dos monges benedetinos e algumas receitas de doces, como as Crespelles de Arroz e o Sorvete de canela que era comum na mesa do mosteiro

MONKS BREAD




Monges Cistercienses da Estrita Observancia (Trapistas) da Abadia de Genesee. Conhecidos como Monges do Pao. Monks Bread

Pão dos Monges




A Abadia de Genesee é uma fundação dos monges cistercienses da estrita observância (trapistas) da celebre Abadia de Gethsemani do Kentucky, localizada em Piffard nas proximidades de New York.

O Orat et Labora (oração e trabalho) dos monges em sua grande parte e constituído na elaboração de diversos tipos de pão e foram apelidados de monges do pão (Monks Bread), os seus produtos de panificação estão disponíveis comercialmente nas localidades de Rochester, Nova Iorque e em outros mercados da parte ocidental de Nova Iorque.


Abbey of the Genesee

3258 River RdPiffard, NY,

145331 877 264-6785 (toll-free)